quando desejo
quando sonho
ardo por inteiro.
é aí que agarro a vida pela cintura
aperto-lhe os seios, junto ao meu peito desnudo
sopro-lhe carícias em palavras miúdas.
beijo-lhe a nuca e as orelhas e dançamos
sensualmente, dançamos
despretenciosamente, dançamos.
antes de fazer amor
na esquina das ilusões
antes de mais nada.
...
tantas vezes
dói ser gente
dói tanto que eu mais pareço bicho.
coisa
nem louco
nem somente guerreiro.
eu
um
quase.
* foto: Stael Azevedo - título: "na sede, nos pés, no som dos tambores" - grupo Mina Criôla.
3 comentários:
Sim, sim, poema sentido, na carne.
aperto-lhe os seios, junto ao meu peito desnudo
sopro-lhe carícias em palavras miúdas..
Isto é uma delicia poeta. Me encantou a poesia e os sentimentos ardentes.
Beijos
Olá! Cheguei aqui pesquisando sobre a artista, pintora, Staell, que vive em Campo Grande e está participando de uma exposição em SP...
Muito interessante teu blog, e gostei de encontrar por aqui outros poetas conhecidos e amigos.
Abraços alados azuis!
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