A VELHA E EU
A velha e eu
lutamos nossa luta
Um dia ela me vence
outro não há ninguém
entre o espaço que habito
e a perfeição
Ela surge no espelho
eu na janela
do meu desalinhado coração
Joga cinza no espaço
faz trejeitos
derruba meus conceitos
de paixão
Mas eu também de lado ainda espreito
e dou-lhe um golpe altivo de direita
e jogo a velha intrusa
no porão
Sei que um dia a batalha desigual
perderei com total humilhação
mas por enquanto eu pego seus cabelos
e seguro essa velha na emoção
trago meus atabaques - vou à luta
seguindo o rio
caudaloso e bruto
do meu
desamparado
coração.
A velha e eu
lutamos nossa luta
Um dia ela me vence
outro não há ninguém
entre o espaço que habito
e a perfeição
Ela surge no espelho
eu na janela
do meu desalinhado coração
Joga cinza no espaço
faz trejeitos
derruba meus conceitos
de paixão
Mas eu também de lado ainda espreito
e dou-lhe um golpe altivo de direita
e jogo a velha intrusa
no porão
Sei que um dia a batalha desigual
perderei com total humilhação
mas por enquanto eu pego seus cabelos
e seguro essa velha na emoção
trago meus atabaques - vou à luta
seguindo o rio
caudaloso e bruto
do meu
desamparado
coração.
(imagem trabalhada pela autora sobre quadro seu)
5 comentários:
Essa luta parece mesmo desigual, Helena... Mas sejamos otimistas!...
Seu texto mexeu comigo e considerando que amanhã (dia 25) é meu niver, mais ainda!...
Agradeço a leitura. Também tenho travado essa luta [interior] com os espelhos.
Beijos com carinho,
H.F.
Helena, e a luta prossegue, enquanto nos restar força. Muito bonito o poema - esse tema sempre mexe com a gente...
ps* Tenho gostado muito de suas imagens.
Obrigada, Hercília e parabéns pelo seu niver! Combateremos o bom combate sem treguas hehe
Obrigada, Rafael, combatermos á sombra hehe O teme mexe com todos, o tempo, este vilão. Quanto às imagens, eu era artista plástica e adoro esta parte de pegar meus quadros e transformar em ilustrações
Bonita imagem, belo e comovente poema. Bj
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