quinta-feira, 25 de março de 2010

Amanhã já tem

Enfim, me encontrei pra calar meu silêncio
Me insinuei pra sorte, ir sem par
Pra ver o sol raiar, sozinho, sem estar,
Em paz que o meu amanhã já tem

Noite sim, vento nem, brio que traz
Temporais, redemoinhos ao revés,
Sinais de nada aos meus pés... ficar
Em paz que o meu amanhã já tem



Até fiz de mim um livro que nem quisera ler,
Um segredo mal contado, meio eu, meio você...
Um choro, um veto, um grito, atinar sua razão,
Meia verdade aliviada, coisa que nem fiz questão

Testemunhei minha rotina, bem do alto da varanda
Via meu amor passar, muitas vezes, só lembrança...
Esperei tempo demais um olhar, um brilho, um quê,
__Quando foi que eu perdi a vergonha de viver?



Enfim, me encontrei pra calar meu silêncio
Me insinuei pra sorte, ir sem par
Pra ver o sol raiar, sozinho, sem estar,
Em paz que o meu amanhã já tem.

3 comentários:

Lírica disse...

Lembrou-me as letras de Los Hermanos. Gosto.

Joe_Brazuca disse...

as vezes o só, é estar bem acompanhado...

muito bom, Curcino !

Barone disse...

Interessante construção.