por Pedro Xudré
No conforme do tempo eu até entendo
Esse desalento que vamos levando
Dizendo ois, olás e até-logos
Pois como logro por mais
A vida é curta na sua aurora
Esplêndida no seu alvorecer
E com o tecer dos anos vou compreendendo
Ficam nas amuradas de minha casa
As lembranças de verões que vêm e vão
Nos vãos ficam as tristezas, dando liga
Pois há ainda quem o diga:
Não é cedo para ir já?
A saudade dos que se foram
São peleia de grande porte
Por que seja a morte ou vastidão
Ainda segue reta a díspare vontade
Nesse espaço que ficou
Figura nas entranhas a verdade:
Quando vem, não sentimos
Quando vai, sentido não vemos
7 comentários:
o poema fala sobre você atualmente. é um misto de despedida e vontade de recomeçar, ao mesmo tempo. por isso todo esse caos nos versos.
eu gosto muito da lacuna depois que divide o inicio e desenvolvimento do poema par ao final.
bom te ver animado em escrever de novo. espero que não pare mais.
profundo..."comme il faut", pelo mote...
abs
Mas tudo tem um sentido!!..
Desistir jamais.Já escrevi isto
tres vezes, hoje..
Abraço
Aplico a mim, tais reveses. É dura a dor do "parto", de fato... de qualquer lado...
Comungo deste sofrimento e assim, sinto mais branda a minha saudade tb.
Obrigada.
Disse o poeta português: "nenhuma solidão está só".
Muito bom, principalmente o espaço em branco, como bem citou.
Parabéns!
Obrigado à todos pelo apoio. Como meu primeiro poema aqui fiquei bastante ansioso e apreensivo em escrever algo que contribuísse para somatizar sentimentos, e posso ver que alcancei esse objetivo. Obrigado novamente, faço poemas por que ainda existem vocês, que como eu, sabem os apreciar e ajudar o poeta a crescer em espírito e em ímpeto.
Parabéns!
Lindo poema,triste! Mas, é cotidiano e a realidade de muitos...
Beijos*-* te amo.
Postar um comentário