Sou a cabeça
encostada na parede
Sou os braços
cruzados em cima do sofá
Sou as pernas
embaixo do chuveiro
Sou o fio de cabelo
no travesseiro quente
Sou a boca
dentro da geladeira
Sou os dedos
que dançam no piano
Sou os pedaços
que engolem espaços
Soltos no ar
Sou a promessa
escrita na mesa
Sou o diálogo
antes de dormir
Sou o que já fui
mas também ou que vou ser
Sou pela metade
do caminho
Sou a desconstrução.
Julia Duarte.
5 comentários:
Gostei!
Oi vizinha como vai ? Beleza de poema.
bjs
Flávio
constatado !
tb somos...
abs
É, agora, um poema no monitor.
Bonito.
Lindo, adorei este!
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