terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O menino Jonas escondido em Sérgio


Jonas o sem dedos largos carcomidos de abelhas e varejeiras donde o mel brota intenso como o fel da ferida repressão por uma civilização.
Os Dedos de jonas brincam demasiado leves nas notas de uma letra viva por um instante, enquanto impresso, para depois morta até que o sujeito a ressuscite num inebriante bailado interpretação, interpretação.
Se não tenho mais nada a dizer resta a jonas explorar o retorno a mim mesmo.
Porque eu sou jonas também, assim como cada poeira desmanchando na atmosfera.
Sem jamais ser eu novamente.
Se o desejo é sofrimento não desejar é sofrimento travestido de desejo de nada. Simplificações, simplificações, interpretações, interpretações.
Afundando no mar jonas encontra o céu demasiado negro quando de azul já não se sabe muito bem, interpretação, interpretação.
Se expandir a linguagem vale de algo?
Se bebo um gole de água, sonhando com a esperança a mais cruelnecessária dádiva da vida.
Vida?
Se do nada brotam flores, espaço tempo, e voltam ao nada a estrada mornaquentefria
nada ao nada.

Se eu gasto meu tempo o tempo não é necessariamente gasto? Fluídos de ressentimento abotoam meu palitó.
O verdadeiro ressentimento dos fortes é o ressentimento contra si mesmo.
E ao fim e ao cabo iniciomeiocarcamanofiminiciomeiomeioiniciofim eu descubro a irrelevância do finito e infinito onde ser é não-ser, sem contar com os aparentemente infinitos vetores que traspassam ser e não-ser por todos os possíveis varejeira lados, dos quais me julgam um místico por abordar o humanamente inabordável. Seja eu então misticofilosofocientistaartistapensadorlivrepensadorsensorialistaracional
intuivo.
As varejeiras fazem movimento enlouquecendo o arco-íris geométrico dos
simplificadores.

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