domingo, 6 de dezembro de 2009



Hipotenusa

lanço um olhar retilíneo sobre o horizonte de casas um quadro de altivez financiada num prédio de periferia estou acima não se constata outra coisa canta um cego rabequeiro “o sertão já virou mar” e sou deus e sou nenhum contemplo as luzes paulistanas imagino confins pontilhados na loucura surreal densidade demográfica um ponto nas reticências nas entrelinhas da frase que não se acaba em Penha-Lapa parágrafo e letra maiúscula mas deixa perguntas no ar muito mais que nono andar negocio na solidão no pensamento em linha reta nego cio sobre vidas e vigas no céu da terra prometida

4 comentários:

Ianê Mello disse...

Belo e sensível texto.

Um beijo.

Adriana Godoy disse...

Muito bom, Rogério. Dá pra vizualizr cada imagem em seu poema. Belo e de qualidade. beijo.

Joe_Brazuca disse...

viagem ?

viajei

urbana_mente

excelente !

abs

Benny Franklin disse...

Falou, Rogerio.