quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

BATE O CORAÇÃO. DE QUE ADIANTA, SE NÃO HÁ VEIAS?

Eram dois

inimigos mortais.

Nos olhos um ódio,

na mente um crime,

com armas totais.

Eram pares de passos

em direções frontais.

Mais um dos momentos

sem causas banais.

Eram cenas

com palavras imorais.

E todos os viam,

como a dois imortais.

Mas por que, o por que dessa briga?

Alguém indagou.

Pois sobre isso,

nunca mais se falou.

É que eram dois sóis,

e uma só lua.

Como podem dois homens

em um só coração?

Mas se cabem dois versos, e até muito mais,

numa só poesia,

Por que não criam prá ela

uma só melodia?

Então se deram as mãos,

se abraçaram bem forte.

Se beijaram no rosto

e espantaram a morte.

Rumaram prá ela

sem causas mentais.

E hoje são três,

três amigos fatais.

4 comentários:

Renata de Aragão Lopes disse...

Parece canção...

Quanto ao título,
lembrou-me o poema "Refém"
que publiquei hoje
no doce de lira.

Um abração!

Ana Cristina Cattete Quevedo disse...

Seria esse um beijo de Judas ou um beijo sincero?
Porque não sei se daria certo esse trio hehehe

Há um sol pra cada lua (pelo menos quero eu acreditar nisto haha)

Muito bem escrito, gostei de verdade!!

Adriana Godoy disse...

Gostei, Ton. Do ritmo, do tema. beijo.

Joe_Brazuca disse...

Espetacular, Ton.Como disse Adriana, ritmo, tema e, complemento,rima e sonoridade...Daria uma valsa-tangueada ou algo assim...que tal ?...rs

Bom !!!

abraço