O Que Fez a Rainha Sorrir. (Fábio Terra)
[in PEDRA DO CORVO]
Distância, inimiga das paixões inexatas.
Um toque na tela, e penso no cabelo dela
Palavras viram ações, um dedo inicia o fogo do jogo.
Virtual mundo, cheio de anônimos,
Buscando a insolidão, eu me refugio então
Nos seios belos, no sorriso mistério, e nos olhos ígneos.
Tão longe de minhas mãos,
Protegida pela elétrica invenção
Conduzindo energia através da paixão
Flutua sobre o disco do pêndulo
Despe-se dos pudores, fecham-se os garços olhos
Abre-se o sorriso e mordisca o canto da boca
Explode em êxtase o Rei,
Vendo os seios e as costas nuas
Antes de partir.
Não antes de se perguntar o que fez a Rainha sorrir.
3 comentários:
Muito bom!
Essa distância tão próxima nos confunde. O que é real ou virtual? Gostei do poema, e a rainha continua sorrindo? beijo.
o que mais me intriga sempre e sempre é o poder plástico da palavra !
sorriu o rei
sorriu a rainha
sorrimos todos...
bom !!!
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