caro tolo, esta tarde para tanta coisa
coisas como pedir desculpas aos martires
nao sei de que lado da cerca fico
na colonia dos leprosos
o unico morador diz temer o contagio
aqui de fora
palmilho os caminhos
estradas menos viajadas
agacho-me na beira dos rios
ja que todo rio e Jordao
toda escada sobe aos ceus
todo alimento e mana
toda pedra e monte Ararat
e todo vinho foi agua um dia
a carpideira sobre seu cavalo
mostra-me as cartas do seu taro
escolho uma carta
voce tem sido um bom guarda dos teus irmaos?
nao soube responder
analfabeto da minha face
concentro-me na leitura de sudarios
ate poder ler meu proprio rosto
e contar a minha estoria
ps: estou em sao paulo, meus caros, e o unico computador que tenho e um mac com teclado sem os acentos. prometo, assim que voltar ao rio, corrigir o texto. abracos a todos! e beijo nas criancas.
7 comentários:
Mesmo sem os acentos, um poema e tanto! Gostei de seu sudário.bj
Gostei também. Mas todo pano manchado é sudário? Lemos tantos... nem tantos dos outros, mas nossos mesmos. Dos outros um tanto também, que acabam por indicar os nossos.
Toda poesia é um pedaço de deus?
Um belo poema, de um tom místico muito interessante. Abraços.
"analfabeto da minha face
concentro-me na leitura de sudarios
ate poder ler meu proprio rosto
e contar a minha estoria"
Lindo poema meu velho.
Recado dado...mas que importam os acentos se me acento aqui e os outros lá e tu ai?,. vamos poesiterar!
abç
jr
obrigado, amigos. pelo carinho com meu poema e com a compreensão com este poeta que adora viajar e foi a são paulo
poemadia sempre.
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