Tua viagem terminou.
Arrumarás a mala, apressado.
Pressionarás o fecho
a engolir as roupas.
As sobras coloridas, nas beiradas,
serão cinzeiros esfumaçando.
Não queimaram de todo
mas não acendem mais.
Não levarás o cheiro do banho
mas o suor , ardendo a fuga.
Não levarás o beijo
mas a vaidade do rosto.
Levarás as palavras na garganta
e um corpo sem memória.
Levarás aquele meu sorriso
que é teu.
3 comentários:
Se o sorriso já era dele, nada mais injustamente justo!
o fim é sempre assim...
quase sempre leva-se ou nada ou o que já se tem.
belo e desconcertante poema.
e o fim sempre deixa o gosto amargo do ainda pode ser... bjs moça.
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