sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

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Recuerdos
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( Para la Mujer de los Gatos )
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Enrodilhado
como a cauda
da verdadeira coral
um raio de cisma
brota dos olhos
sem ventar provento
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- [ cisma de ] um mofo aspergido
--------------------por paredões de grotas
--------------------& palafitas bambas
, vez que mal me lembro
da cisma dançante das algas
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Explode a água na noite do basalto
&
os protagonistas de um bestiário torvo
avançam em hordas
como devotos no anoitecer
dos dias santos
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Encharco
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Pairo medonhas feras
d`uma fauna excomungada
--------------------que rasgam-me vulvas na derme:
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as bundas primeiro
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depois
os olhos ciclópicos
olores
córios
âmnios
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alantóides
e gosma
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Como esquivar
do caruncho do couro
& da broca dos tendões
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quando a lua vai a pino
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e uma nítida lembrança
da mujer de los gatos
retorna
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uma vívida lembrança
de seus gemidos
salobros
--------------------retorna
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com aquela topografia de noite frescal
morna, úmida & cheirosa

--------------------pra cair
em mantos
de bruma
na relva noite de meus pêlos
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6 comentários:

C. disse...

A despeito da imagem inusitada, impressiona mesmo é a legitimidade deste gozo. Que poema bonito, Chico!

Adriana Godoy disse...

Assis, que poema mais encharcado de desejo. Essas metáforas, essas imagens deixam a gente com água na boca, aliás, no corpo inteiro. Aplausos! bj

Ju Fuzetto disse...

Parabéns pelo blog!!

me encantei com seu espaço!!!

Virei fã!!!


beijo

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

Bela poética. Inflama...flama...
Bárbaro !

ab

Benny Franklin disse...

Belo Canto, Mestre!

Flá Perez (BláBlá) disse...

que lindo!