quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

5:45

5:45 (Fábio Terra)

Sobre a grama molhada,
Com o orvalho da manhã.

Sigo com passos lentos protegidos pelo Sol,
E sinto a grama crescendo, umedecida.

E eu escuto a música que o Sol,
Canta quando bate em mim.

15 comentários:

Beatriz disse...

Lindo despertar. Conciso, fresco! Límpido. Lembrei de Mattina, de Ungaretti
M'illumino
d'immenso

Felipe Costa Marques disse...

Amanheceu cedo em Corvão!
Felicidade Sempre!
Auguri!

Victor Meira disse...

Invejável despertar, sem dúvida. Tenho acordado numa floresta seca, com um barulhinho polifônico. E sempre tenho a impressão de que a próxima clareira é o campo orvalhado onde o sol canta.

Mas também há poesia na floresta.

Unknown disse...

Espetáculo de singeleza e objetividade...
projetou e cresceu !
muito bom...demais, cara !
abs
Joe_Brazuca

Guto Leite disse...

Achei que faltou algo... claro que há limpidez pessoana e também lembrei de Ungaretti, Béa, mas, como leitor, eu quis que houvesse mais pra compor tom de poesia. Por outro, gosto de uma maneira estranha desta falta de excessos, de haver uma única figura de linguagem ao longo de todo o poema. Muita arte a todos!

Barone disse...

Singelo e objetivo, como já disseram aqui. Vamos navegando.

flaviooffer disse...

Belo Poema...
Abraços.
Paz e Poesia sempre!

Ígor Andrade disse...

Uma bela cena de manhã!

Abraço!

rogerio santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
rogerio santos disse...

Curti as imagens desse poema lindo, e instintivamente ignorei a pontuação na minha leitura. Ele ficou mais leve do que quando voltei e considerei a pontuação.

Na minha viagem, ficou assim:

sobre a grama molhada com o orvalho da manhã, sigo com passos lentos protegidos pelo sol e sinto a grama crescendo, umedecida.

E (eu) escuto a música que o sol canta quando bate em mim.

Deixo claro que não estou querendo moldar o poema como autor, o objetivo é somente dissecar o que enxerguei como leitor.

Os versos são lindos e singelos e de certa forma, clamam por tudo que resta de um grande dia.

Abraços ao Fábio e parabéns.

Beatriz disse...

Arrisco porque gostaria de navegar nos poemas com os poetas. A leitura de Rogério, pra mim, supre o que Guto demanda. Interessante, porque na pontuação do Fábio as internas(molhada, orvalho..manhã, umeddecida, em mim grama crescendo) aparecem mais, embora sem a pontuação o poema ganhe em imagem: o sol canta e bate na umidade do instante que desperta.
Não sei se cabe essa conversa no começo da navegação, das nossas manhãs. Se cabe despertar leituras mais extensas, duvidas, demandas. Será?

valéria tarelho disse...

eis um poema que me possibilitou múltiplas leituras! em uma delas, senti um quê de escravidão, da labuta diária, pés no chão, do açoite do sol - senhor das horas de suor.

eu diria que, à primeira vista, é um poema simples (o que não o desmerece), mas quando você o disseca, encontra passagens secretas para dimensões diversas.

Alice Salles disse...

Ele nunca cansa.

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

Toca-nos o sol, freme nos olhos e luz no peito que precisa, o nosso!Maravilhoso.

Audemir Leuzinger disse...

uma maravilhosa madrugada.
sem desespero.
sábia aceitação da beleza da vida.
aquela que acontece enquanto ficamos fazendo planos. como john lennon pregou.
abs