Invejável despertar, sem dúvida. Tenho acordado numa floresta seca, com um barulhinho polifônico. E sempre tenho a impressão de que a próxima clareira é o campo orvalhado onde o sol canta.
Achei que faltou algo... claro que há limpidez pessoana e também lembrei de Ungaretti, Béa, mas, como leitor, eu quis que houvesse mais pra compor tom de poesia. Por outro, gosto de uma maneira estranha desta falta de excessos, de haver uma única figura de linguagem ao longo de todo o poema. Muita arte a todos!
Curti as imagens desse poema lindo, e instintivamente ignorei a pontuação na minha leitura. Ele ficou mais leve do que quando voltei e considerei a pontuação.
Na minha viagem, ficou assim:
sobre a grama molhada com o orvalho da manhã, sigo com passos lentos protegidos pelo sol e sinto a grama crescendo, umedecida.
E (eu) escuto a música que o sol canta quando bate em mim.
Deixo claro que não estou querendo moldar o poema como autor, o objetivo é somente dissecar o que enxerguei como leitor.
Os versos são lindos e singelos e de certa forma, clamam por tudo que resta de um grande dia.
Arrisco porque gostaria de navegar nos poemas com os poetas. A leitura de Rogério, pra mim, supre o que Guto demanda. Interessante, porque na pontuação do Fábio as internas(molhada, orvalho..manhã, umeddecida, em mim grama crescendo) aparecem mais, embora sem a pontuação o poema ganhe em imagem: o sol canta e bate na umidade do instante que desperta. Não sei se cabe essa conversa no começo da navegação, das nossas manhãs. Se cabe despertar leituras mais extensas, duvidas, demandas. Será?
eis um poema que me possibilitou múltiplas leituras! em uma delas, senti um quê de escravidão, da labuta diária, pés no chão, do açoite do sol - senhor das horas de suor.
eu diria que, à primeira vista, é um poema simples (o que não o desmerece), mas quando você o disseca, encontra passagens secretas para dimensões diversas.
uma maravilhosa madrugada. sem desespero. sábia aceitação da beleza da vida. aquela que acontece enquanto ficamos fazendo planos. como john lennon pregou. abs
15 comentários:
Lindo despertar. Conciso, fresco! Límpido. Lembrei de Mattina, de Ungaretti
M'illumino
d'immenso
Amanheceu cedo em Corvão!
Felicidade Sempre!
Auguri!
Invejável despertar, sem dúvida. Tenho acordado numa floresta seca, com um barulhinho polifônico. E sempre tenho a impressão de que a próxima clareira é o campo orvalhado onde o sol canta.
Mas também há poesia na floresta.
Espetáculo de singeleza e objetividade...
projetou e cresceu !
muito bom...demais, cara !
abs
Joe_Brazuca
Achei que faltou algo... claro que há limpidez pessoana e também lembrei de Ungaretti, Béa, mas, como leitor, eu quis que houvesse mais pra compor tom de poesia. Por outro, gosto de uma maneira estranha desta falta de excessos, de haver uma única figura de linguagem ao longo de todo o poema. Muita arte a todos!
Singelo e objetivo, como já disseram aqui. Vamos navegando.
Belo Poema...
Abraços.
Paz e Poesia sempre!
Uma bela cena de manhã!
Abraço!
Curti as imagens desse poema lindo, e instintivamente ignorei a pontuação na minha leitura. Ele ficou mais leve do que quando voltei e considerei a pontuação.
Na minha viagem, ficou assim:
sobre a grama molhada com o orvalho da manhã, sigo com passos lentos protegidos pelo sol e sinto a grama crescendo, umedecida.
E (eu) escuto a música que o sol canta quando bate em mim.
Deixo claro que não estou querendo moldar o poema como autor, o objetivo é somente dissecar o que enxerguei como leitor.
Os versos são lindos e singelos e de certa forma, clamam por tudo que resta de um grande dia.
Abraços ao Fábio e parabéns.
Arrisco porque gostaria de navegar nos poemas com os poetas. A leitura de Rogério, pra mim, supre o que Guto demanda. Interessante, porque na pontuação do Fábio as internas(molhada, orvalho..manhã, umeddecida, em mim grama crescendo) aparecem mais, embora sem a pontuação o poema ganhe em imagem: o sol canta e bate na umidade do instante que desperta.
Não sei se cabe essa conversa no começo da navegação, das nossas manhãs. Se cabe despertar leituras mais extensas, duvidas, demandas. Será?
eis um poema que me possibilitou múltiplas leituras! em uma delas, senti um quê de escravidão, da labuta diária, pés no chão, do açoite do sol - senhor das horas de suor.
eu diria que, à primeira vista, é um poema simples (o que não o desmerece), mas quando você o disseca, encontra passagens secretas para dimensões diversas.
Ele nunca cansa.
Toca-nos o sol, freme nos olhos e luz no peito que precisa, o nosso!Maravilhoso.
uma maravilhosa madrugada.
sem desespero.
sábia aceitação da beleza da vida.
aquela que acontece enquanto ficamos fazendo planos. como john lennon pregou.
abs
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