sexta-feira, 20 de julho de 2012
declaração
busco a simplicidade
trabalhos manuais
visões particulares
evito a arrogância erudita
presente na maioria dos poetas atuais
quase todos saídos de única fábrica
não acredito em oficinas de literatura
na padronização do sentimento
mecânica engendrada de escritas semelhantes
aprendo e desaprendo nos enganos
sou meu próprio professor
incompetente por diversas horas
construtor de utopias
inverto discursos
semeio os erros gramaticais
invisto tempo no vazio
nunca serei visto na rodas intelectuais
comentado nos cadernos literários
repito aqui a frase lida
em página de um amigo poeta (Sergio Bernardo)
só quem nada a favor da corrente
é peixe morto.
Flávio Machado
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Um comentário:
Poema sagaz! Nós que nos colocamos a escrever versos necessitamos de mais subversão e menos padronização da forma de escrever. Precisamos também de clareza e de fuga de nossas rodas de poesia em que o verso circula sem ser criticado e não ganha o caminho da rua. Precisamos nadar mais contra a corrente! Abraços cordiais!
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