para que queres, meu amor,
os meus olhos se estrangeiros te falam?
se os fecho cada vez que uma gaivota vai,
ou todas as vezes que não brame o mar…
estão sempre a lembrar-se da necessidade
de ter o sol a nascer na língua salpicada
de manhãs sedentas. e estão atentos ao abraço
longínquo da seara, com sabor faminto…
para que queres, meu amor, os meus olhos
se devagar, lá dentro, coexistem labaredas imperfeitas,
daquelas que não são feitas a viver?!...
mariagomes
(benguela, maio de 2004)
9 comentários:
que maneira mais bela de começar o domingo, queridíssima, de qualquer dos nossos dois lados do mar! benvinda! feliz demais de estar mais pertinho de você, aqui.
um beijo grande.
Belíssimo na forma e conteúdo!
Belo!
Ah, quem não quer labaredas imperfeitas na língua salpicada de manhãs sedentas?
O destinatário da pergunta que não quiser não foi feito pra viver
Que prazer ter Maria Gomes ao meu lado no Poema Dia.
Eu não sei se é comum escrever algumas palavras, na primeira publicação. A apresentação está feita em todos os perfis.
Mas digo-vos que foi com um imenso prazer que me juntei a vós. Obrigada pelo convite, Victor Barone, companheiro do dia 1!
Sem dúvida, Márcia, estamos mais perto uma da outra. É uma alegria! Para quem não sabe, nós conhecemo-nos... há quanto tempo, amiga? Perdi a conta!
A todos o meu abraço, o meu carinho,
maria
puxa!
que labaredas ímpares!
evoé!
Gostei do que li!
Noa!
Olá Maria,
Acabo de me estrear com ACONTECER, deixei acontecer primeiro os versos, agora verso uma outra poesia, que nunca fique para tia, a simpatia. Dizer do prazer de aqui te encontrar, para muita Poesia!...
Bjs
F
"não quero ser amado"
mas te amo, maria
saudações!
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