Certa vez, quando cursava geografia na universidade, algum professor soltou essa: "Quer conhecer um lugar, dê uma volta no cemitério, comece pelo fim". E é a mais pura verdade.
Usando ditado da minha velha mãe, dá pra "tirar uma linha" observando com atenção suas particularidades. A riqueza, a pobreza, a longevidade, a violência, quem tem ou teve ou quem não tem ou não teve poder. Quem de fato descansou de uma vida de privações e quem perdeu o vidão que tinha.
O olhar do poeta funciona como uma máquina fotográfica onde nada passa despercebido, embora o foco seja sempre particular, possibilitando exaltar um pássaro e esquecer as tumbas.
Esse poema me fez pensar que é preciso treinar incessantemente os olhos, olhando nos olhos do óbvio, para enfim merecer enxergar e traduzir o que parece óbvio.
Na beira da estrada, um belo click da Márcia. Mesmo que do outro lado ouvesse, quem sabe, a mais bela das praias.
Um cenário que não será cartão postal, mas que faz parte desta viagem. Contrastes entre as possibilidades da estrada e um chão definitivo, cruzes e flores, nostalgia e constatação, infância e fim. Tudo em poucas e belas palavras.
Experiência do efêmero. Poema fotografia. Excelente olhar capaz de transpor a cena para a folha de papel em versos. Grafou e com beleza magnífica. show de bola.
eu sabia, soube desde quando li teus textos na "eita" e me abestabobalhei com a força da tua escrita. taí, confirmadíssimo: a cada novo texto vibro intenso, profundo. viva muito e tenha toda a paz!
16 comentários:
Certa vez, quando cursava geografia na universidade, algum professor soltou essa: "Quer conhecer um lugar, dê uma volta no cemitério, comece pelo fim". E é a mais pura verdade.
Usando ditado da minha velha mãe, dá pra "tirar uma linha" observando com atenção suas particularidades.
A riqueza, a pobreza, a longevidade, a violência, quem tem ou teve ou quem não tem ou não teve poder. Quem de fato descansou de uma vida de privações e quem perdeu o vidão que tinha.
O olhar do poeta funciona como uma máquina fotográfica onde nada passa despercebido, embora o foco seja sempre particular, possibilitando exaltar um pássaro e esquecer as tumbas.
Esse poema me fez pensar que é preciso treinar incessantemente os olhos, olhando nos olhos do óbvio, para enfim merecer enxergar e traduzir o que parece óbvio.
Na beira da estrada, um belo click da Márcia. Mesmo que do outro lado ouvesse, quem sabe, a mais bela das praias.
Poesia não escolhe paragem.
Um cenário que não será cartão postal, mas que faz parte desta viagem. Contrastes entre as possibilidades da estrada e um chão definitivo, cruzes e flores, nostalgia e constatação, infância e fim. Tudo em poucas e belas palavras.
Também gostei muito! É simples, sem ser óbvio... é muito delicado, cuidadoso, lírico. Um abraço agradecido
Simples e belo, Márcia
Lembrança das cidades dointerior: simples e belo.
Bjo
:)
Excelente, uma cena doída, mas asas da inocencia eu vi. Perfeito! Bárbaro, pois já senti em meus olhos...
cintia thomé
Experiência do efêmero. Poema fotografia.
Excelente olhar capaz de transpor a cena para a folha de papel em versos. Grafou e com beleza magnífica.
show de bola.
Uau!
Márcia,
é um prazer reler-te aqui.
beijo,
maria
Figuras firmes e estrutura simples. É gostoso de ler. Gostoso como ver uma bela fotografia.
putz... forte, forte!!
bjs
everton behenck
Minucioso, imagético, pura prosa.
carbonário!
instante
entre a luz
e a escuridão
bela composição.
Simples e forte.
Maravilhoso. Parabéns!
A J Lobone
eu sabia, soube desde quando li teus textos na "eita" e me abestabobalhei com a força da tua escrita. taí, confirmadíssimo: a cada novo texto vibro intenso, profundo. viva muito e tenha toda a paz!
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