sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

escrito em: 22/12/05


quando era pequena
na minha casa meio desleixada
meu pai falava em voz atenta
sobre o amor que não o dava nada
quando era bem pequena
minha mãe se parecia
com a atriz famosa da globo
e também com a elis regina
quando era pequenina
tinha cara de fuinha
olho grande (como sempre)
e mania de rainha...

***

11 comentários:

Márcia Maia disse...

Uma graça, Alice. Me lembrou Adélia Prado.
Agora, fosse eu, tirava a data em que foi escrito. Veja o que Quintana dizia:

Data e dedicatória

Teus poemas, não os dates nunca... Um poema
Não pertence ao Tempo... Em seu país estranho,
Se existe hora, é sempre a hora estrema
Quando o anjo Azrael nos estende ao sedento
Lábio o cálice inextinguível...
Um poema é de sempre, Poeta:
O que tu fazes hoje é o mesmo poema
Que fizeste em menino,
É o mesmo que,
Depois que tu te fores,
Alguém lerá baixinho e comovidamente,
A vivê-lo de novo...
A esse alguém,
Que talvez ainda nem tenha nascido,
Dedica, pois, os teus poemas.
Não os dates, porém:
As almas não entendem disso...


Um beijo.

Barone disse...

Reminiscências...

Audemir Leuzinger disse...

ser pessoal nao e tao facil.
precisa de muito. e nem sempre estamos dispostos a dar.
quem esta ja sai na frente.
parabens.

Anônimo disse...

Alice, poetaste graciosamente. Como uma menina linda! Que foste. És.

Anônimo disse...

Alice, seus pais eram uma maravilha! E sua poesia é maravilhosa, deliciosa... JR

Benny Franklin disse...

Asas de criança!

Adriana Riess Karnal disse...

Delicado.Mexeste no imaginário de toda menina.

Alice Salles disse...

Que lindos comentários! Amor de volta a todos vocês!

Victor Meira disse...

Muito bonitôco.

Beatriz disse...

gracioso, conciso e real de realidade de rainha.
gostei muito

rogerio santos disse...

que singeleza !!! delícia de se ler.