domingo, 21 de dezembro de 2008

Fio

Às vezes, sou riso largo;
de outras, lágrima e silêncio.
Um pouco alegria, um tanto tristeza.
Lastro de esperança, angústia.
Decisão, quase sempre.
E perguntas sem resposta.

Sou festejo e introspecção.
Caminho e, também, esperas.
Paixão e isolamento.
Entrega e recolhimento.
Busca e aceitação.
Certezas e inquietação.
Travessia, atalho, pontes e saltos.

Sou os muitos trechos da mesma mulher,
que muda sem deixar de ser a própria essência.
Sou a inteireza dos meus opostos.
A amplidão das minhas vivências.
O equilíbrio das minhas contradições.
As várias fases do meu ciclo.

Sou uma mulher de múltiplas faces
num só corpo, vasto de desejos,
numa só alma, em aprendizado.

Sou apenas uma mulher.
Uma mulher que caminha,
busca, aprende, faz, muda.
Sou toda mulher. Felizmente, mulher.
Com todas as oscilações e o melhor equilíbrio.
Com a maior alegria e a mais densa inquietude.
Eu sou.
Sou um fio.
E a vida me tece.

8 comentários:

Anônimo disse...

Maravilhoso poema!!! Amei!
Que grande sensibilidade a tua para expressar o que se é! Parabéns!
Um beijo da tua fã n°1!!!!!

Beatriz disse...

versos enfio a cada trecho de vida.

Heyk disse...

Legal finalmente conhecer cá o espaço.
Viva vcs, galera.

Felipe Costa Marques disse...

Fio filhos,
Feliz foema!

Barone disse...

Muito bem vinda Vera. Que seus poemas sejam muitos por aqui.

Julia Duarte disse...

Mulher em cada verso e em cada verso, mulher!
Muito bom!

Victor Meira disse...

Bonitos versos, recheados. Legal.

Benny Franklin disse...

Que assim seja, assim...
Bjs.